abaixo a poesia. Viva a Vida.
ORIENTAIS, ESTAMOS AO ORIENTE DO ORIENTE.
OCIDENTAIS, ESTAMOS AO OCIDENTE DO OCIDENTE.
SOMOS NÓS O ORIENTE DO ORIENTE,
SOMOS NÓS O OCIDENTE DO OCIDENTE,

Nada de vós poderá nos guiar.

Diziam os profetas antigos, repetem os contemporâneos e os medievais: “Poetas, poetas! Cantar o mar é ser poeta, viver é ser marinheiro.”. Agora, poetas, poetas, vedes: marinheiros sois.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Ela copulou em minhas mãos por duas vezes.
Na primeira me tomou de surpresa, nem imaginava que aquilo seria possível.
Deslizava os dedos na concha de minha mão. Puxei pra mim sua presença.
Ela volta. E senta. E permanece retida em mim.
Não posso descrever o que acontece com meu fôlego:
espasmo. Abre-se minha mão e solto seus dedos.
Solto meu corpo, meus pensamentos.
Não há o que dizer, não há o que supor, imaginar.
Extasio.
Percorro o tempo da noite entorpecida pelo sentido daquilo.
Solto meus presentes secretos
Solto meu desejo, meu amor
Bebo todas as taças, venenos e serpentes.
A louça vazia sobre a mesa,
o sol erguendo sua luz dourada no horizonte.
O tempo não me espera mais.
Deixo você pra trás
com os olhos que o tempo faz quando foge de mim.

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