abaixo a poesia. Viva a Vida.
ORIENTAIS, ESTAMOS AO ORIENTE DO ORIENTE.
OCIDENTAIS, ESTAMOS AO OCIDENTE DO OCIDENTE.
SOMOS NÓS O ORIENTE DO ORIENTE,
SOMOS NÓS O OCIDENTE DO OCIDENTE,
Nada de vós poderá nos guiar.
OCIDENTAIS, ESTAMOS AO OCIDENTE DO OCIDENTE.
SOMOS NÓS O ORIENTE DO ORIENTE,
SOMOS NÓS O OCIDENTE DO OCIDENTE,
Nada de vós poderá nos guiar.
Diziam os profetas antigos, repetem os contemporâneos e os medievais: “Poetas, poetas! Cantar o mar é ser poeta, viver é ser marinheiro.”. Agora, poetas, poetas, vedes: marinheiros sois.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
entrar e sair de mim
a liberdade distende meus músculos, gosto de voar no céu escuro. gosto de ver a noite chegar e se ir. por amor aprendi a respirar, a entrar e sair de dentro de mim, entrar e sair de mim com o ar.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Terra dos Tupinambá
tu vais ouvir o pá, pá, pá, pá
do fuzil ecoar
toda vez que por lá passar.
pode mudar de lugar
pode fugir dessa terra
não vai adiantar
isso te seguirá por todo lugar
enquanto a dor que tu provocaste
fisgar no coração da terra
de uma única mulher
de um único homem
que lembrar e entristecer
com a tua guerra
na Terra dos Tupinambá,
tu vais te acabar de tanto chorar.
do fuzil ecoar
toda vez que por lá passar.
pode mudar de lugar
pode fugir dessa terra
não vai adiantar
isso te seguirá por todo lugar
enquanto a dor que tu provocaste
fisgar no coração da terra
de uma única mulher
de um único homem
que lembrar e entristecer
com a tua guerra
na Terra dos Tupinambá,
tu vais te acabar de tanto chorar.
rio fantasma
lavaram o rio de sangue
agora não tem mais água limpa pra beber
e a dor,
a dor não finda da noite pro dia
não adianta escrever poesia
não adianta botar um samba no rádio
não adianta dizer que torce pela mangueira
não adianta tentar disfarçar a culpa
agora a coisa vai piorar
vai piorar
vai piorar
fantasmas vão ressucitar
reza, reza, reza rio
cidade que arrasta correntes e fuzis fantasmas
mendigos, meninas, meninos, assassinos fantasmas
doentes, criminosos, diabos do primeiro pelotão
arrastem, arrastem seus tridentes
diabos não mentem quando enlouquecem.
agora não tem mais água limpa pra beber
e a dor,
a dor não finda da noite pro dia
não adianta escrever poesia
não adianta botar um samba no rádio
não adianta dizer que torce pela mangueira
não adianta tentar disfarçar a culpa
agora a coisa vai piorar
vai piorar
vai piorar
fantasmas vão ressucitar
reza, reza, reza rio
cidade que arrasta correntes e fuzis fantasmas
mendigos, meninas, meninos, assassinos fantasmas
doentes, criminosos, diabos do primeiro pelotão
arrastem, arrastem seus tridentes
diabos não mentem quando enlouquecem.
perfeita - mulher
querida, eu quero a mulher perfeita
lembra, por um instante,
que pode não ser você.
lembra, por um instante,
que pode não ser você.
rio pra quem sabe navegar - no mar
vou tomar de ti tudo o que você deveria ter me dado e não me deu
e vou tomar de volta o que é meu você levou e não devolveu
acabou a festa
oriento o curso do meu rio pra quem sabe navegar no mar.
e vou tomar de volta o que é meu você levou e não devolveu
acabou a festa
oriento o curso do meu rio pra quem sabe navegar no mar.
sábado, 27 de novembro de 2010
amar é preciso
viver não
entramos no século XXI
e a foto na tela do computador
é tão bonita
como a que maiakowski cantou
olha as duas dezenas de pétalas de rosas amarelas
olha as oferendas que a rainha do mar dá pra elas
olha que a linha de alcance não sabe chegar
olha que a linha do mar é a linha do mar
viver não
entramos no século XXI
e a foto na tela do computador
é tão bonita
como a que maiakowski cantou
olha as duas dezenas de pétalas de rosas amarelas
olha as oferendas que a rainha do mar dá pra elas
olha que a linha de alcance não sabe chegar
olha que a linha do mar é a linha do mar
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
triste doce rosto que produz violência
aprendi a admirar a estupidez gradativamente se revelando no que se diz e em quem diz o que é dito. no que se faz e em quem faz o que é feito. as janelas melhor decoradas tem trazido esse deleite. e eu, teria a escolha de fechar o acesso. abriria outros acessos, mais imediatamente importantes, talvez. mas sei que estando ou não a merda da estupidez continua.
minha presença descontínua evoca: mete a mão na merda, cutuca pra sair mais. quem sabe alivia, quem sabe acaba, quem sabe muda o cheiro!
e um doce rosto de menino fala o que eu não suportaria ouvir. e eu olho pro triste doce rosto que produz violência quase sem saber o que diz, ou quase sem saber que se notaria o que é violentamente dito, excluído, limado, reduzido, pre-conceituado. e ouço. ouço. ouço.
o que fazer com a estupidez quando ela parece com face de criança? espero que não se desenvolva.
minha presença descontínua evoca: mete a mão na merda, cutuca pra sair mais. quem sabe alivia, quem sabe acaba, quem sabe muda o cheiro!
e um doce rosto de menino fala o que eu não suportaria ouvir. e eu olho pro triste doce rosto que produz violência quase sem saber o que diz, ou quase sem saber que se notaria o que é violentamente dito, excluído, limado, reduzido, pre-conceituado. e ouço. ouço. ouço.
o que fazer com a estupidez quando ela parece com face de criança? espero que não se desenvolva.
GUERRILHA NO RIO
nessas horas que a gente consegue compreender por que umas pessoas são infelizes e outras conseguem manter um sorriso no brilho dos olhos mesmo em meio às turbulências.
de que lado estamos?, que jogo estamos fazendo?. que tipo de diálogo está sendo proposto enquanto a tv divulga a imagem do "mal" como se fosse uma circunstancia?
choro. por que quem está do meu lado ama bem menos do que eu imaginava. choro por que me sinto cercada de hipocrisia e corrupção. covardia, desumanidade, egoísmo e desamor.
de que lado estamos?, que jogo estamos fazendo?. que tipo de diálogo está sendo proposto enquanto a tv divulga a imagem do "mal" como se fosse uma circunstancia?
choro. por que quem está do meu lado ama bem menos do que eu imaginava. choro por que me sinto cercada de hipocrisia e corrupção. covardia, desumanidade, egoísmo e desamor.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
oscila quem não reconhece sua própria força. suas possibilidades de acerto e negociação. um país não é um partido político. os poderes estão divididos desde a composição do senado. maturidade. sem anunciações apocalípticas ou paradisíacas. erramos quando não sabemos o que fazer com o que está ao nosso alcance.
domingo, 21 de novembro de 2010
como um inglês que vive em paris
precisei conhecer profundamente a heterossexualidade e os homens
como um Yanomami precisa dominar a língua portuguesa
e um inglês que vive em paris deve saber francês.
como um Yanomami precisa dominar a língua portuguesa
e um inglês que vive em paris deve saber francês.
[pra ficar no mural - desconexões]
Bastou que tu quisesse isso.
Confesso o explícito: da minha parte sempre tive.
Então, uma chave:
me protejo de não ter o que não tenho. coisas de gente frágil.
Confesso o explícito: da minha parte sempre tive.
Então, uma chave:
me protejo de não ter o que não tenho. coisas de gente frágil.
o segredo
palavras se formam por trás das portas abertas
o que está atrás da porta é o segredo
que se abre quando a porta fecha.
pra conhecê-lo
é preciso estar do lado de dentro.
o que está atrás da porta é o segredo
que se abre quando a porta fecha.
pra conhecê-lo
é preciso estar do lado de dentro.
sábado, 20 de novembro de 2010
Entrego-me pra Morte da Poesia no Altar do Meu Amor.
Amo mulheres e homens, amo sonhos e amores. amo o amor que em mim me ama. Amo. Poesia é contingência. poetas são mais uma categoria social. não me diz nada antes que o engano da palavra traia a estupidez da fé delimitada.
Se a tal poesia responde ao amor, se a tal poeta responde ao amor, exalto, reverencio o amor. Isso pode parecer confuso, e o Amor pode parecer que é a encarnação das categorias, poeta e poesia. Mas, não é não. Estamos a uma certa distância disso. a palavra bonita é um bom ofício, a palavra que comunica pode servir de guia. Mas só pode servir, não poderá ser servida enquanto o coração do ego-humano trair o Amor.
Me entrego pra morte da poesia no altar do amor, ou melhor: do meu amor. E posso te parecer pequena. É assim mesmo, a minha presença é pequena: Entrego-me pra morte da poesia no altar do meu amor.
Se a tal poesia responde ao amor, se a tal poeta responde ao amor, exalto, reverencio o amor. Isso pode parecer confuso, e o Amor pode parecer que é a encarnação das categorias, poeta e poesia. Mas, não é não. Estamos a uma certa distância disso. a palavra bonita é um bom ofício, a palavra que comunica pode servir de guia. Mas só pode servir, não poderá ser servida enquanto o coração do ego-humano trair o Amor.
Me entrego pra morte da poesia no altar do amor, ou melhor: do meu amor. E posso te parecer pequena. É assim mesmo, a minha presença é pequena: Entrego-me pra morte da poesia no altar do meu amor.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Samurai
A vontade de realizar deve ser protegida como a seda ainda em fios.
Rígida como a lâmina de aço. Não há negociação.
Não quebra o aço, não entorta o diamante, não segura a eletricidade correndo em fio de ouro. Do mesmo modo o fim eu não abraço.
Morro antes que o fim toque os planos que fiz para depois de amanhã.
E se não houver mais o que morrer em mim: me mato.
Pois, que se cumpra em mim a vida que me deve Ser.
Cumpro o meu Dever.
Samurai.
Rígida como a lâmina de aço. Não há negociação.
Não quebra o aço, não entorta o diamante, não segura a eletricidade correndo em fio de ouro. Do mesmo modo o fim eu não abraço.
Morro antes que o fim toque os planos que fiz para depois de amanhã.
E se não houver mais o que morrer em mim: me mato.
Pois, que se cumpra em mim a vida que me deve Ser.
Cumpro o meu Dever.
Samurai.
vazia aquela ama, ama aquela vive, vive aquela cria. E isso, atenção: é vida. Não é poesia.
poetas mentem.
poetas são idiotas.
poetas querem carro importado.
poetas não olham pra quem está ao lado.
poetas manipulam informações.
poetas traem.
poetas cultuam o medo.
poetas perdem a paz.
poetas bajulam ditadores.
poetas exaltam a guerra.
poetas e o mundo repleto de merda.
poetas se orgulham de um nome.
poetas medem as palavras.
poetas calculam seus passos.
poetas covardes.
poetas oportunistas.
poetas batem em crianças.
poetas violentam pessoas.
poetas geram falsidade.
poetas covardes.
Abaixo a poesia viva a VIDA!
poetas são idiotas.
poetas querem carro importado.
poetas não olham pra quem está ao lado.
poetas manipulam informações.
poetas traem.
poetas cultuam o medo.
poetas perdem a paz.
poetas bajulam ditadores.
poetas exaltam a guerra.
poetas e o mundo repleto de merda.
poetas se orgulham de um nome.
poetas medem as palavras.
poetas calculam seus passos.
poetas covardes.
poetas oportunistas.
poetas batem em crianças.
poetas violentam pessoas.
poetas geram falsidade.
poetas covardes.
Abaixo a poesia viva a VIDA!
A poesia fascista de Nero e de Marinette até o dia de hoje, ainda fede essa tal poesia.
Morte à poesia!:
"Há vinte e sete anos, nós futuristas contestamos a afirmação de que a guerra é antiestética... Por isso, dizemos.a guerra é
bela, porque graças às máscaras de gás, aos megafones assustadores, aos lança-chamas e aos tanques,
funda a supremacia do homem sobre a máquina subjugara. A guerra é bela, porque inaugura a metalização
onífica do corpo humano. A guerra é bela, porque enriquece um prado florido com as orquídeas de fogo das
metralhadoras. A guerra é bela, porque conjuga numa sinfonia os tiros de fuzil, os canhoneios, as pausas entre
duas batalhas, os perfumes e os odores de decomposição. A guerra é bela, porque cria novas arquiteturas,
como a dos tanques, dos esquadrões aéreos em formação geométrica, das espirais de fumaça pairando sobre
aldeias incendiá-Ias, e muitas outras. Poetas e artistas do futurismo ... lembrai-vos desses princípios de uma
estética da guerra, para que eles iluminem vossa luta por uma nova poesia e uma nova escultural".
Abaixo a poesia, viva a vidA
o cristo engoliu as bombas que iam explodir o mundo e deixou seu corpo fragmentado entre nuvens naquela tarde vermelha.
a dança entre o significado e a forma, pra mim, é a poesia. as flores morrem e nascem silenciosas de palavras. a poesia pode ser o desejo de alguém se tornar uma flor, mas pra ser uma flor é preciso morrer como poesia.
não escrevo poesia, pela poesia, em si como uma ilha, vazia da existência em volta.
"abaixo a arte, viva a vida!"
Abaixo a poeisa, viva a vida!
se suportarmos isso, talvez tenhamos algumas chance de nos transformarmos em flor. Abaixo a poesia, viva a vidA!
a dança entre o significado e a forma, pra mim, é a poesia. as flores morrem e nascem silenciosas de palavras. a poesia pode ser o desejo de alguém se tornar uma flor, mas pra ser uma flor é preciso morrer como poesia.
não escrevo poesia, pela poesia, em si como uma ilha, vazia da existência em volta.
"abaixo a arte, viva a vida!"
Abaixo a poeisa, viva a vida!
se suportarmos isso, talvez tenhamos algumas chance de nos transformarmos em flor. Abaixo a poesia, viva a vidA!
Negros, índios, viados, putas, machudas, aleijados, bêbados, viciados, tortos, escarrados: Nós temos o conhecimento, nós sabemos o que fazer. a nossa boca calada por tanto tempo. agora eles precisam ouvir o que nós temos a dizer. eles não sabem o que fazer. Nosso Saber Nosso Lugar de Poder!
O centro não é mais o centro, por deslocamento do mundo, nós temos o conhecimento!
O centro não é mais o centro, por deslocamento do mundo, nós temos o conhecimento!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
"o ingênuo não tem armas, confia."
os espertos é que são burros.
e o coração não é arma, é inspiração.
quando não se tem amor, distância.
é assim.
um caso como esse,
se tem amor, então não tem coração.
se não tem, então tá mentindo pra ele.
não existem espertos e ingênuos no coração
no coração existe sabedoria.
os espertos é que são burros.
e o coração não é arma, é inspiração.
quando não se tem amor, distância.
é assim.
um caso como esse,
se tem amor, então não tem coração.
se não tem, então tá mentindo pra ele.
não existem espertos e ingênuos no coração
no coração existe sabedoria.
estive com seus sonhos
jejuei três tardes
orei três manhã inteiras
e à noite entreguei meu corpo ao frio
ventre de água e pedras
me protegeu
eu quiz seu corpo santo de amor e paz
eu quiz que de amor vivesse mais
segura o sol na linha do horizonte
segura
segura mais um instante
seu ser há de eternizar em mim
o sol poderá morrer
mas esse homem,
esse homem deve permanecer vivo
pra sempre
a lembrança
branca, abraça
jejuei três tardes
orei três manhã inteiras
e à noite entreguei meu corpo ao frio
ventre de água e pedras
me protegeu
eu quiz seu corpo santo de amor e paz
eu quiz que de amor vivesse mais
segura o sol na linha do horizonte
segura
segura mais um instante
seu ser há de eternizar em mim
o sol poderá morrer
mas esse homem,
esse homem deve permanecer vivo
pra sempre
a lembrança
branca, abraça
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
se disse quero, então não quero: sou. caso contrário, pra que querer? só tenho o que quero se sou. então, sou. decido ser. parece pretencioso. mas não é isso. é que não tem outro jeito de dizer. não tem outro jeito de ser, de viver assim. "só sei que é assim". shakespeare de bambu: Sou o êxtase sem riscos!!!
domingo, 14 de novembro de 2010
então, vamos morrer novamente? quantas vezes será preciso essa nossa morte assistida? a morte já anda me caindo bem. não sei até quando, mas já não estranho. e não posso pensar muito nela, apenas morrer, e morrer, e morrer de novo. e não pensar que tem fim. não pensar que tem fim. não pensar que tem fim. porque se continuar, já esperava por isso. se acabar, dizem que um dia acaba, daí eu serei feliz. mas não posso dizer que pra sempre, apenas serei feliz, e feliz, e feliz. e vou esquecer a que morte existe. e não pensar que a felicidade tem fim. não pensar que tem fim. não pensar que tem fim. por que se continuar eu já espera por isso. ser feliz, eternamente feliz. e não ter mais nada, afinada com a felicidade intocável que levita dentro dos olhos.
"napëpë"
"inimiga" chamava pela fresta da porta da casa da funai. voz doce, quase bebê. deixei que me matasse com lanças feitas de capim, com punhados de terra e com a luz da lanterna focada em meu peito. a força de sua luz há de extinguir pra sempre todos os napëpë que existem. suas lágrimas de medo transformaram-se em risos da palhaça que fingia morrer pra ver o menino-bebê sorrir.
acho que nos apaixonamos.
"inimiga" chamava pela fresta da porta da casa da funai. voz doce, quase bebê. deixei que me matasse com lanças feitas de capim, com punhados de terra e com a luz da lanterna focada em meu peito. a força de sua luz há de extinguir pra sempre todos os napëpë que existem. suas lágrimas de medo transformaram-se em risos da palhaça que fingia morrer pra ver o menino-bebê sorrir.
acho que nos apaixonamos.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
estou tocando a indivisibilidade do instante. estive com o desconhecido semana passada. eu sei que todo o instante é desconhecido, mas teimo em encaixar certas previsibilidades. encaixoto o previsível.
agora, cada vez mais desconhecido reconheço o instante. e o desconhecido bate à minha porta. o som de seus ossos percutindo na madeira, acolchoados pela carne, retumba nos vãos da casa de paredes arrancadas.
agora, cada vez mais desconhecido reconheço o instante. e o desconhecido bate à minha porta. o som de seus ossos percutindo na madeira, acolchoados pela carne, retumba nos vãos da casa de paredes arrancadas.
o mal do mundo não é o fim do mundo
Falo praquela mulher o que ela não é capaz de dizer. E ela acha isso impressionante. Eu, penso que ela mente. Mente por que quer esconder o tamanho da estupidez dela. Afinal, ela sabe melhor do que eu o quê dizer. Se sabe, porque diz achar impressionante eu saber? Ora, não somos as únicas e eu não sou a segunda pessoa a saber. Aquela mulher é idiota. Aprendi a me divertir com a estupidez.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Ela copulou em minhas mãos por duas vezes.
Na primeira me tomou de surpresa, nem imaginava que aquilo seria possível.
Deslizava os dedos na concha de minha mão. Puxei pra mim sua presença.
Ela volta. E senta. E permanece retida em mim.
Não posso descrever o que acontece com meu fôlego:
espasmo. Abre-se minha mão e solto seus dedos.
Solto meu corpo, meus pensamentos.
Não há o que dizer, não há o que supor, imaginar.
Extasio.
Percorro o tempo da noite entorpecida pelo sentido daquilo.
Solto meus presentes secretos
Solto meu desejo, meu amor
Bebo todas as taças, venenos e serpentes.
A louça vazia sobre a mesa,
o sol erguendo sua luz dourada no horizonte.
O tempo não me espera mais.
Deixo você pra trás
com os olhos que o tempo faz quando foge de mim.
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