abaixo a poesia. Viva a Vida.
ORIENTAIS, ESTAMOS AO ORIENTE DO ORIENTE.
OCIDENTAIS, ESTAMOS AO OCIDENTE DO OCIDENTE.
SOMOS NÓS O ORIENTE DO ORIENTE,
SOMOS NÓS O OCIDENTE DO OCIDENTE,

Nada de vós poderá nos guiar.

Diziam os profetas antigos, repetem os contemporâneos e os medievais: “Poetas, poetas! Cantar o mar é ser poeta, viver é ser marinheiro.”. Agora, poetas, poetas, vedes: marinheiros sois.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

quem cala, consente.


‎"Nada é o que parece e o que parece basta para nós.", me diz Thereza. Procuro me entender a partir de suas palavras, e digo:

saí isolada e torpe feito armadilha de destino falso. sorte, falta-me tudo. não consigo amar "o mundo" se não tivermos nós, eu e "ele", o mesmo tamanho.  - não fui eu quem escolheu o gênero, foi a língua portuguesa em seus ancestrais. como negar que os dominantes sempre foram macabros? bebo do meu próprio sangue até esgotar a morte que se contrai destino. acabo viva, acabo: diminuo aos poucos até que se dê por inexistente. acabo viva, com olhos abertos assisto o sentido do instante que passa, no sem sentido do outro que já passou. e o mundo é pequeno:
- multidão de esmolas, a dor indica a opção pela alegria sem reservas.
o que fazer com tudo isso? mergulhar na piscina vazia? confessar contradições? não quero saber do último sepultamento para não sofrer duas vezes. e quando eu morrer, por favor, me esqueça. a morte humana já foi vista de forma tão banal e cruel por tantas vezes no mesmo palco, quase as mesmas personagens e a cena principal é a narrativa da morte. não acredito mais quando me dizem que sofrem. é tudo mentira egoísta: separo "o mundo" entre eu e "ela".
falo da mulher que pensei que me faria acreditar na singularidade da diferença. mas ela é vazia, e o vazio é indiferenciável. então, aprendo a ser indiferente por sobrevivência. a falta de amor mata a eternidade. noiva muda como estátua de mármore branco, fria e sem som, nua e sem movimentos, pedra que me servirá de banco quando os pulsos quebrados não suportarem o peso do meu descanso.

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