te ouço dizer em minha consciência mais remota que consigo acessar quando estou em ti:
'meu coração como cordilheiras de montanhas partiu-se mil vezes criando fendas que criam vales que criam córregos de rios que criam a canoa que me cria e me leva até a amor. sejas tu amor que concebe coração-inteiro para que eu permaneça em ti, sem fim.' .
eu, digo sim. sim, sôo palavras da tua boca ditas pela língua da minha canção. sôo o amor que acolhe em belezas generosas tu-canoa e desenha linhas curvas de-água e areia-aporte aos teus pés. anda nessa praia que flutua. sôo eu-areia-sereia-nua-de-luz-alada, ser da tua face encantada, da-tua palavra lançada: êxtase. sorri e dança e canta e vive e ama como sol, estrelas, veios sem fim que deslizam leite nas tuas vértebras-coluna-marfim-ereta. mergulho-ângulo detuas coxas fartas, sôo flauta em sôpro-contínua Mirió em ti. eternidade prescinde ao fim.
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