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tenho exercitado escrever sendo eu mesma sujeito e objeto de análise, obviamente essa não é uma idéia minha, essa idéia enquanto proposta de vida social e política é dos Sábios Tradicionais com os quais trabalho, esse é o tempo citá-los sob a reverência que sugerem letras maiúsculas, graças ao palco histórico no qual estamos integrados. pergunto-me se nossas reflexões voltadas à terceira pessoa: ele, elas, a vida, as coisas, o medo -, não teriam um forte enraizamento na separação entre sujeito e objeto do conhecimento? a sensação que eu tenho é de que quem fala desse jeito se pretende sujeito transcendental. cansei disso. quero ouvir quem é capaz de me falar sobre o medo sentindo medo comigo.
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abre-se as páginas da existência, lê-se árvores, córregos, vento, pedras.
é preciso abrir as páginas da existência e dar-se ao Tempo.
é preciso abrir as páginas da existência e dar-se ao Tempo.
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